Consumo consciente

Todo apreciador de café já deve ter percebido uma mudança que vem acontecendo no mercado há algum tempo. Hoje em dia o café pode ser rastreado pelo país de origem, região produtora, cidade, fazenda, nome do produtor, data e grau de torra, entre outros parâmetros. O mercado nem sempre foi assim, mas esse comportamento atual está tendo um efeito positivo para todos os envolvidos nessa longa cadeia de produção.

A “primeira onda” do café aconteceu na primeira metade do século passado e foi marcada  simplesmente pela difusão do consumo de café, sem nenhuma preocupação com a qualidade ou origem dos grãos. Nesse período também foi criado o café instantâneo, uma maneira simples e prática de ingerir cafeína.

A resposta para esse mercado comoditizado veio algum tempo depois, quando as cafeterias começaram a vender o ritual de tomar café e socializar em um espaço público. Durante esse período já eram mencionadas algumas origens de países produtores, mas nada aprofundado. Por exemplo o café brasileiro era classificado como Rio ou Santos, simplesmente fazendo referência ao porto de saída do café.

Atualmente estamos vivenciando a chamada “terceira onda” do café, onde o padrão está em saber o nome do produtor do café que estamos tomando. Essa proximidade entre o consumidor e a fazenda faz da terceira onda uma ferramenta fundamental para o consumidor buscar um produto que respeita o meio ambiente e ajuda trabalhadores rurais a terem uma recompensa mais digna e justa.

Temos muito orgulho em fazer parte desse movimento dentro do mercado de café, que mostra com transparência todas as etapas da cadeia de produção. É importante que os consumidores se conscientizem e cobrem essa transparência de todas as empresas, cobrando delas uma cadeia de produção que utilize os recursos naturais de forma sustentável e não predatória. Temos todo o direito e dever de cobrar, já que não queremos pagar a conta da irresponsabilidade alheia.

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