Existem algumas lendas sobre a origem do café, sendo a mais popular delas aquela que trata do pastor Kaldi e suas cabras, na região que atualmente é conhecida como Etiópia. Segundo a lenda, Kaldi percebeu que após comer as frutas vermelhas de um certo arbusto suas cabras ficavam mais energéticas e saltitantes (quase dançando). Intrigado com o comportamento das mesmas resolveu provar dessas frutas. Empolgado com o efeito que estas produziam, decidiu levar algumas até um monastério próximo e mostrá-las a um monge. Logo o monge rejeitou o uso dessa fruta estimulante, atirando as ao fogo. Como consequência elas começaram a exalar um aroma muito agradável, o que fez com que o monge se arrependesse do seu ato e as retirasse do fogo; o passo seguinte foi triturá-las e acrescentar água quente com o intuito de amaciá-las. Sem que ele se desse conta, acabava de preparar a primeira xícara de café da história.
O café passou a ser usado em rituais religiosos, pois os fiéis permaneciam mais concentrados durante as cerimônias. Com a popularização do café, este começou a ser cultivado exclusivamente nos arredores da cidade portuária de Mocha, no Iêmen. O comércio desse fruto chamou a atenção dos comerciantes holandeses, que passavam pela cidade e não tardou até que conseguissem contrabandear uma muda dessa planta desconhecida. Como é sabido, os holandeses são ótimos botânicos, não tendo sido difícil reproduzir mudas em um viveiro em Amsterdam para plantar posteriormente em uma de suas colônias, na ilha de Java.
Assim como os temperos importados, o café logo se tornou um artigo de luxo na alta sociedade europeia tendo sido a primeira casa de café inaugurada em Veneza, em 1645. A medida que as cafeterias foram se espalhando pela Europa houve um grande aumento na demanda, surgindo a necessidade de espalhar sua produção pelas colônias localizadas em climas tropicais. Esses são, em grande parte, os mesmo países que produzem café atualmente